quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sustentabilidade x Ecologia

Ser sustentável não é ser ecologicamente correto, este é um conceito bem mais amplo.
Sustentabilidade na construção civil está ligada ao tempo de vida útil do edifício e seus sistemas de manutenção de forma a atender a demanda de seus habitantes com a melhor relação custo benefício, levando em consideração aspectos sociais, econômicos e culturais.
As estratégias de otimização no consumo de água, energia elétrica e gás são alguns dos itens levados em consideração na elaboração dos projetos. Mas não basta criar os recursos que melhorem a relação de consumo se as pessoas não souberem utiliza-los, por isto é preciso levar em conta os aspectos culturais da sociedade.
Política publica de incentivo fiscal são de fundamental importância para que a sustentabilidade se torne realidade. Nada adianta criar leis que obriguem, nas novas construções, que os projetos prevejam sistema de aquecimento solar da água, como foi tentado em São Paulo. É preciso fazer que isto venha a ser uma vantagem econômica para que as pessoas resolvam por em prática tais investimentos.
Lembro que em uma aula de conforto ambiental na UFRJ o professor Corbela comentava que é dez veze mais caro construir a infraestrutura que abastece de eletricidade um chuveiro elétrico do que instalar um sistema de aquecimento solar em uma residência. Vamos pensar nisto?

Mas já estivemos bem mais longe, o caminho para a sustentabilidade é inevitável e com o tempo chegaremos lá. Quanto mais o assunto seja discutido e levando em conta mais as pessoas irão levar o tema a sério e com o passar do temo será uma realidade.

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mobilidade Urbana:
Em todo mundo uma das principais preocupações no que diz respeito às cidades de médio e grande porte é a mobilidade urbana.
Mas como todo ser humano, os governantes param para pensar nisto quando isto já é um problema sério e as soluções se tornam caras. Como isto é feito com dinheiro público eles não estão muito preocupados, a final dinheiro público não tem dono né!
Se você não concorda com esta última frase, então é à você que me dirijo estimado leitor.
Sei que o alcance deste texto é bem maior que a região da qual vou citar como exemplo, mas como e aqui que resolvi morar é sobre Ponta Grossa que vou falar.
Moro há nove meses nesta cidade e como domino a questão, algumas situações gritam.
Nossa cidade tem um trânsito relativamente bom se você não precisar passar pelo centro nos horários de pico. Questão que ainda tem solução se tomadas algumas providências bem simples.
Além da já tão falada e óbvia sincronia dos semáforos, aliás tentada na Balduino Taques e Vicente Machado, mas sem sucesso. Para percorrer a Vicente Machado saindo do cruzamento com a Balduino você é obrigado a trafegar a 40 km/h para não parar em todos os semáforos e rezar para não ter carros parados esperando o semáforo abrir.
Para piorar está avenida tem estacionamento em ambos os lados, ou seja, das três pistas existentes apenas a central anda, pois as laterais constantemente têm carros parados ou manobrando para estacionar.
Eu já ouvi relatos de moradores mais antigos que já houve uma tentativa de retirar os estacionamentos desta via e que os comerciantes locais reclamaram. Eles estão dando um tiro no pé. Quanto pior ficar o transito no centro mais as pessoas irão trocar as compras em lojas de ruas para fazê-las nos shoppings.
Se poder estacionar em frente a loja onde vai comprar fosse fator de impulsão as vendas as lojas do calçadão estavam falidas e, é nítido que o numero de pessoas que trafegam a pé no calçadão é maior do que em qualquer outra parte da cidade, as pessoas entram nas lojas a pé e não de carro.
Então vamos concordar que seria bem melhor para todos inclusive para os comerciantes que as calçadas fossem maiores e os estacionamentos retirados.
Aliado a isto criar políticas fiscais que incentivem a criação de estacionamentos e edifícios garagem, alem é claro, de melhorar o transporte público de massa.
A cidade merece um planejamento urbanístico completo, um planejamento pensando a cidade como um todo e não soluções pontuais e isoladas, como a unificação de sentido do trânsito na Avenida Carlos Cavalcante que da acesso ao bairro de Uvaranas. Solução, aliás, muito boa, mas repito e uma solução pontual é preciso pensar na cidade como um todo.
As ruas hora tem preferência e logo a diante deixa de ter. As ruas não têm a sinalização dos nomes de forma adequada, sinais de trânsito que fecham o sentido de forma desnecessária como na esquina entre a Balduino e a na Rua Carlos Osternack onde virar a direita é livre, pelo menos deveria ser, pois não cruza com nenhuma outra via.
Algo similar ocorre na Avenida Silva Jardim em frente ao supermercado Mufato, as pessoas já se acostumaram que a última pista da direita é livre mas quem é de fora não sabe, pois não existe nenhuma sinalização neste sentido.

Em fim é preciso bem mais do que ficar apenas analisando processos de aprovação de alvará de construção e pensar a cidade. 

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Arquitetura de Interiores

Arquitetura de Interiores
Cozinha do empresário Ronaldo Koerich em Santa Catarina

Um projeto para arquitetura de interiores vai bem mais longe que escolher cores para as paredes, cortinas e desenhos dos móveis em um ambiente. Além de propor possíveis modificações na posição de algumas paredes, bem como elimina-las ou criar portas, o estudo define o espaço a ser habitado pelo ser humano e influencia diretamente no comportamento deste.
Quando um arquiteto projeta o interior de uma casa, ele tem que pensar no usuário e em satisfazer todas as suas necessidades de conforto, praticidade e satisfação pessoal.
O gosto do cliente tem que ser levado em consideração como ponto mais importante, a final é ele que vai utilizar este espaço no dia a dia, aliado a uma orientação do profissional para que ele tenha deste ambiente a melhor relação custo benefício.
Pessoalmente prefiro ambientes mais limpos, sem muitos detalhes rebuscados, neste caso acho que menos é mais.
Shopping Ceisa Center em Florianópolis
Para projetos de estabelecimentos comerciais, as variantes são maiores e muito mais importantes do que somente estética e conforto, é preciso levar em conta o perfil do cliente e o produto que é oferecido.
Algumas técnicas são fundamentais para aumentar as vendas e atrair o olhar do cliente para os produtos mais importantes. Posicionar corretamente os produtos “ancoras” para dirigir o cliente em um fluxo conveniente, técnicas de iluminação e otimização de estoque contra a maximização de exposição de produtos são algumas das diversas formas em que o planejamento pode influenciar e muito no faturamento de lojas, supermercados, farmácias e o comercio varejista de uma forma geral.
Portaria do edifício Comendador Luanda no Rio de Janeiro
Para restaurantes, hotéis e motéis, a preocupação maior fica a cargo do funcionamento dos diversos serviços oferecidos e é claro, conforto visual e tátil, onde o profissional vai tratar o ambiente de forma a influenciar o comportamento do cliente estimulando este ou aquele sentido levando-o a consumir mais aquilo que está sendo oferecido.
Cores vibrantes estimulam a fome, excitam e cansam rápido, técnica muito utilizada em fast food para fazer o cliente comer rapidamente dar a vez para outro. Já em um restaurante onde o público alvo são casais de alto poder aquisitivo, se pretende que o consumo seja feito com calma, a comida é preparada na hora, enquanto espera o cliente consome uma garrafa de vinho, o ambiente deve ter um clima romântico, luzes mais tênue. O mesmo raciocínio pode ser utilizado em quartos de motel e hotel.
Escritório na loja Escritolândia em Florianópolis
Em fim, cada caso é um objeto de estudo individual e que deve ser profundamente investigado para que o investimento tenha o máximo de retorno.

Abrir um negócio requer planejamento financeiro e estudo de investimentos. Deixar de investir parte do montante em planejamento físico e financeiro é a principal causa de falência dos negócios iniciados no Brasil.






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quarta-feira, 13 de novembro de 2013


ABNT NBR 15.575
Entrou em vigor em 19 de julho de 2013 a ABNT NBR 15.575. Agora toda construção cujo projeto seja protocolado nas prefeituras do nosso país depois desta data, têm que estar de acordo com está norma.
A aplicação das normas elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é garantida pela lei de defesa do consumidor que classifica como prática abusiva a comercialização de imóveis em desacordo com as normas técnicas.
A responsabilidade pelo cumprimento desta norma é primeiro do incorporador e não mais do construtor, este fica obrigado a contratar os profissionais competentes que darão as soluções necessárias para que o empreendimento tenha o desempenho que a norma preconiza.

O desempenho térmico, acústico, tátil e de durabilidade são alguns dos itens que a norma garante parâmetros mínimos. Os valores estabelecidos são ainda ínfimos se comparados com os adotados na Europa, mas já é um começo. Uma atitude prudente que dará tempo aos profissionais de toda cadeia produtiva, envolvida neste processo, a se adaptarem a está nova realidade.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ABNT NBR 15 220-3 e Ponta Grossa

ABNT NBR 15 220-3 e Ponta Grossa

Segundo a ABNT NBR 15220-3, editada no ano de 2003, Ponta Grossa pertence à zona bioclimática de número dois, os estudos e medições de temperatura e umidade relativa do ar foram levantados no período entre os anos 1961 e 1990.
O método adotado para classificação foi uma Carta Bioclimática adaptada a partir da sugerida por Giovoni em “Confort, climate analysis and building design guidelines”.

Esta carta é um gráfico onde são marcadas as seguintes informações: temperaturas médias mínimas e máximas de cada mês no ano; a média da umidade relativa de cada mês durante um ano.
Este gráfico é dividido em setores e cada um corresponde a uma estratégia de condicionamento térmico passivo.





Para zona na qual Ponta Grossa está inserida a estratégias sugeridas são:
  • ·         Abertura para ventilação média (aquelas cujo somatório das áreas está entre 15% a 25% da área do piso);
  • ·         Permitir sol durante o inverno;
  • ·         Vedações externas em paredes leves (tem transmitância térmica menor ou igual a 3,0 W/m².K e atraso térmico menor ou igual a 4:18 horas) e cobertura leve isolada (transmitância térmica menor ou igual a 2,0 W/m².K, atraso térmico menor ou igual a 3:18 horas);
  • ·         Durante o verão ventilação cruzada;
  • ·         Durante o inverno aquecimento solar da edificação;
  • ·         Vedações internas pesadas (inércia térmica) (transmitância térmica menor ou igual a 2,2 W/m².K, atraso térmico maior ou igual a 6:30 horas).

Coberturas leves e isoladas têm características que correspondem a coberturas de telhas de barro ou fibrocimento com forro de madeira, com ou sem lâmina de alumínio polido ou manta de lã de vidro.

As vedações de paredes leves têm características que correspondem a paredes de alvenaria simples com tijolos de seis ou oito furos, assentados na menor direção, espessura totais de 14 ou 15 cm.

As vedações de paredes pesadas têm características que correspondem a paredes de alvenaria dupla com tijolos furados e ou maciços, ou ainda alvenaria simples de tijolos maciços assentados na maior direção, espessura total de 26 até 46 cm.

Este último tipo de vedação, recomendado para as divisórias internas, tem o objetivo de acumular calor durante as horas mais quentes ajudando a diminuir a perda de calor durante a noite.

Nos períodos mais frios do ano o condicionamento passivo não será suficiente, sendo necessário o uso de calefação ou outro meio de aquecimento ativo.


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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Arquitetura BIM

A tecnologia mais avançada em termos de projeto para construção civil e a chamada BIM (Building Information Modeling), que traduzindo para o português significa: Modelo para informação da construção.

Muito falada entre os profissionais desta área, mais ainda muito pouco utilizada. Apenas poucos profissionais das grandes capitais do país põem em prática este recurso fabuloso.

Trata-se de construir virtualmente a edificação pretendida e a partir deste modelo virtual extrair todas as informações técnicas necessárias para construção.

Este processo traz grandes vantagens, alem da gigantesca economia de tempo, esta tecnologia permite que o cliente interaja no processo de planejamento com muito mais segurança, uma vez que já nos primeiros estudos, ele vai ser apresentado a uma maquete eletrônica, que mostra virtualmente, exatamente aquilo que ele vai ter seguindo o projeto acordado.

Foto do empreendimento construído na praia do Campeche em Florianópolis. Edifício residencial multifamiliar construído e incorporado pela F&K



 Maquete eletrônica aprovada em estudo preliminar junto à construtora.

Bom o leitor talvez pense, maquete eletrônica todo profissional faz.
É verdade, mas as maquetes apresentadas são construídas no computador após exaustivos processos de criação em plantas, cortes e fachadas. Durante este processo o cliente comum tem muita dificuldade em entender aquilo que o profissional está propondo e somente no final da criação e que ele é apresentado ao 3D.

Talvez alguns profissionais possam apresentar uma maquete eletrônica já no inicio do estudo, mas isto tem um custo muito auto quando é feito da maneira tradicional.

Não vou entrar em detalhes técnicos, nem tão pouco ficar fazendo propaganda deste ou daquele programa de computador, mas de uma forma simples significa dizer que: O software que utilizo trabalha simultaneamente em 2D e 3D, de forma paramétrica e a partir destes “desenhos” e modelos e que são geradas as plantas, fachadas e cortes, alem de uma infinidade de informação que podem ser extraídas em forma de planilhas e compiladas para por exemplo fazer um projeto estrutural, ou ainda quantificar os materiais a serem utilizados na obra.

Mais ainda, a compatibilização entre o projeto arquitetônico e os demais é de 100% uma vez que a edificação e construída virtualmente, desta forma os conflitos ficam mais evidentes e são redimidos a praticamente zero.

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